sábado, agosto 29, 2009

Onde está meu Dvd do Alta Fidelidade?

Desde que eu comecei a postar em blogs, eu sempre quis fazer um post sobre como eu gosto de blogs. Ou sobre como eu gosto de Alta Fidelidade. Ou sobre como eu já fui stalker de uma pessoa. Ou sobre como foi incrível minha viagem para o nordeste no começo desse ano. Ou sobre como esse mês de agosto foi absurdo de tantas maneiras que eu nem tive tempo de ficar perplexa. Ou sobre como as vezes eu me pego com uma vontade maluca de descobrir que eu tenho super-poderes, e que eu devo na verdade largar todas as minhas responsabilidades para salvar o mundo, porque é muito mais importante.

E ai acho que nesse agosto as responsabilidades eram tantas, ou tão boas, que nem deu pra sonhar com a minha academia de super-heróis. eu deixei a idéia pra trás e retomo ela agora com menos entusiasmo. Esse é aquele post que eu queria fazer sobre como eu sempre acabo produzindo algo pelo qual eu não sou mais tão apaixonada, porque o momento passou. talvez seja o distanciamento que facilite. mas acho que é pior, acho que é descobrir o problema naquela idéia, para poder executa-lá. Assim, quando eu entendi qual o problema da Voz off no cinema, eu fiz um filme com Voz off. Eu fiz um post sobre Alta fidelidade, quando eu já não gostava mais de Alta fidelidade. e eu comecei falando disso de gostar de blogs, quando ah... já não tenho mais todo aquele carinho.

E no fundo, na verdade quase nada no fundo, esse post é sobre bloqueio narrativo. Aquele que é o pior dos assuntos pra se escrever, chega a ser ridículo. E sobre como aqui e ali eu ouço dizer que me falta paixão. é mais rídiculo ainda, eu não quero ser essa personagem. Ouço ainda dizer que minha personagem não está, mas quer estar, apaixonada. é verdade. e eu nem sabia.

meu medo é que a mediocridade só assusta quem de fato é medíocre.