quarta-feira, fevereiro 14, 2007

Desculpa Fátima

Essa noite eu sonhei que depois de sair com uma turma, algumas amigas se reuniam aqui em casa. Era noite, em determinado momento uma de nós olhou pela janela e disse "meu deus, olha esse céu!" . E era um absurdo, era um céu completamente estrelado em São Paulo, daqueles que dá até pra ver a via lactea. Como se não fosse o suficiente, avistamos planetas, mas não estamos falando daqueles pontinhos mais fortes que alguém jura que é vênus; dava pra ver globos coloridos rodando no céu. Até que eu vi pendurado em um dos planetas um recado meio amassado escrito "Desculpa Fátima" e eu percebi que aquele céu não era de verdade era obra de alguém. Nesse momento entra pela janela, como se fosse natural, o autor daquela situação, um cara que na hora eu não percebi ser meu professor de Análise da Imagem. Ele tinha feito aquele céu porque queria pedir desculpas à Fátima, assim dizia no papelzinho que ele distribuia e que estava pendurado em alguns dos astros. Ele queria pedir desculpas a ela e a todas as outras mulheres com quem ele pudesse se relacionar. E eu achei aquilo de baixissimo nível, na minha cabeça ele obviamente traiu a fátima, e ela não ia voltar pra ela, o que eu acho mesmo é que ele estava investindo em todas as outras mulheres. E filho da puta, com a pretensão de que ele tivesse que pedir desculpas a todas elas. Como se todas elas pudessem se importar com ele.
Mas hoje eu contei esse sonho pra algumas amigas, e toda vez que eu chegava no "Desculpa Fátima!" elas davam um suspiro de "ohhhhhhhhh ti meigo!" e ai eu me senti meio amarga. Afinal o cara fez um céu!

segunda-feira, fevereiro 12, 2007

Vira e mexe bate aquela vontade de ser vampiro. Outro dia estava pensando nisso enquanto fazia papiê mache (não faço idéia de como se escreve isso) é artesanato com sucata, papel molhado e cola. Gosto de guardar sucatas certas pra algumas coisas, faz toda diferença. Mas se eu fosse uma vampira, nunca teria sucata, e nesse caso seria legal matar pessoas que tivessem sucatas interessantes. O que eu achei um pensamento bastante sutil, mas muito abstrato para um roteiro ou um conto. E é nessas horas que eu adoro ter um blog.

Ademais,
é possivel que num futuro próximo eu ajude em um filme de vampiros.
eu sei de músicas com vampiros, mas eu adoro ter um blog.

domingo, fevereiro 04, 2007

Não lembro de nenhuma música que fala de sorvete.

Faz pouco tempo, conversando com alguns amigos eu me lembrei da brincadeira do sorvete, um hit das festinhas infantis de colégios construtivistas. Eu fiquei emocionada, foi como se eu tivesse despertado a melhor lembrança. Isso porque quando eu era criança minha imaginação não alcançava nada comestível mais interessante que sorvete. E não estamos falando de super sabores facinantes com pedacinhos crocantes, estamos falando de sorvete de creme de litro, sem graça, sem calda, derretendo.
E as festinhas... convenhamos que festinhas de criança, quando éramos crianças eram o máximo. Não sei como elas são hoje em dia. Sei que naquela época a gente ia pra festas, não precisava falar com ninguém, não tinha que interagir, fazer social ou qualquer coisa assim, porque eu me divertia sozinha fácil numa piscina de bolinha. Era diversão garantida, tirando a presença daquele eventual palhaço assustador. Você chegava, dava o presente pro aniversariante, com sorte o deixava na porta. Mas voltando à brincadeira do sorvete. Ela era normalmente a ultima brincadeira. Todo mundo fazia uma roda, ganhava uma colher e se juntava em grupos de três. Então o organizador da parada abria um pote de sorvete, e sempre fazia aquela piada infame "hummmmmmm esse sorvete não ta bom, acho que não vai dar pra brincar." que na época não era infame, era assustadora mesmo! E tinha também um dado gigante, o aniversariante escolhia um número, e cada trio tinha direito de jogar o dado na sua vez, se saísse o número escolhido eles poderiam atacar o sorvete DIRETO do pote até outro trio tirar o número de novo.
Recapitulando, espero que você possa vizualizar exatamente a situação, estamos falando de crianças doidas por sorvete, torcendo por sorvete, comendo sorvete derretendo, sorvete babado, sorvete direto do pote, sorvete caindo no vestidinho que sua avó fez. A melhor cena era quando alguém tirava o número, e você estava com o pote, logo ele seria tirado de você, então você pegava a maior colherada possível, você colocava todo sorvete que pudesse caber numa colher, tinha tanto sorvete na colher que você nem sabia por onde começar a comer.
E ai eu penso que isso não tem volta. Porque ninguém esta disposto a se sujar assim numa festa, teria gente de regime, teria gente que não quereria brincar, teria gente vomitando no banheiro, se pah alguém teria roubado o sorvete durante a festa pra misturar com conhaque. E convenhamos, sorvete nem é mais tão bom assim.

quinta-feira, fevereiro 01, 2007

Eu sou uma dessas pessoas que não sabe usar a internet. Dessas que nunca acham sites mágicos por conta própria. Bom, recentemente eu descobri esse aqui http://songmeanings.net . Consiste num site de letras de música onde as pessoas discutem o significado delas. Provavelmente muitos de vocês não vão achar nada de mais. Mas eu já tive muitas epifanias ali com muito pouco tempo de freqüência. Isso porque entre um ou outro comentário babaca do gênero “nossa essa é a melhor música de todos os tempos” existem na minha opinião três grupos de comentários que valem o site: as justificativas fundamentadas que explica a música por algum fato confirmado, seja por entrevistas com a banda ou coisa assim, as teorias bizarras e conspiratórias que olham pra música de um jeito absurdo e aquelas que chegam pra aloprar.

Bom do primeiro tipo tinha essa música do Lemonheads If I could talk i'd tell you, aparentemente Evan Dando, estava dando (uh uh pego?) uma entrevista e de tão chapado ele não conseguia falar, mas se ele pudesse falar....ele dizia. Sim sim magia pura! Mesmo assim a música é fantástica, e não faz muito sentido. Também nessa categoria Piazza New York Catcher do belle and sebastian, que é uma graça mas nunca fez sentido, apareceu um carinha falando que havia um jogador em NY que foi acusado de ser gay e tudo agora faz sentido.

Depois em teorias bizarras, da pra citar Mrs. Robbinson, olha, pra falar bem a verdade eu vi o filme, eu ouvi a música, mas nada faz tanto sentido quanto a teoria de um garoto lá. A Mrs. Robbinson estava sendo internada num manicômio, ó só:

"We'd like to know a little bit about you for our files
we'd like to help you to learn to help yourself
Look around you all you see are sympathetic eyes
Stroll around the grounds untill you feel at home"

E por fim, têm os que pegam pra capar. Em Some Girls are Bigger than others,do Smiths, musica que basicamente consiste na frase do título, apareceu um cara dizendo que a música fala basicamente de peitos,afinal algumas mulheres os tem maiores que as outras. É né..... Depois na mesma categoria Beaultifull do belle and Sebastian também, uma das músicas mais tristes da banda que diz “the doctor told that she’d go blind if she wasn’t carefull” aparece um cara dizendo que é sobre masturbação, afinal diz ele era de comum senso em determinada época que quem se masturbasse demais ficaria cego.


Ps: Ninguém quer saber mais de super heroi...to emona! Mas ainda falta Fê, Rafael, Luigi e Manganes, mais alguém?