segunda-feira, novembro 26, 2007

segunda-feira, outubro 15, 2007

Quando eu estava na quinta série, na flor dos meus 11 anos, eu era completamente apaixonada pelo Gustavo Lima (é que nessa época todo mundo tinha nome e sobrenome, mas esse não era o nome dele) ele não era dos melhores garotos de 11 anos, alias muito provável que na minha classe ele fosse um dos piores. Eu tinha essa certeza profunda que por trás de toda aquela fama de mau ele era uma ótima pessoa e reciprocamente apaixonado por mim. Certezas muito bem fundamentadas na minha pré-adolescente opinião, mas que nunca foram comprovadas.
Um dia o Fábio Rosemberg veio me dizer que tinha percebido tudo e que falaria com o Gustavo. Afinal naquela época era assim que funcionava, nunca se tratava dessas coisas sem intermediários. Mas eu pedi pra ele não ir, de forma nenhuma, eu implorei pra ele não ir falar com o Gustavo e ele foi. E eu sabia que ia dar tudo errado, mas foi bem pior. Porque eu vi a cara dele dizendo que não. Eu lembro claramente de ter visto algo como "de jeito nenhum" e "ai que nojo" sendo dito.
Eu queria nunca mais voltar pra escola. E eu ficava chateada pensando que eu não poderia fazer nada diferente. que depois que o fábio descobriu, não tinha o que mudasse a idéia dele de ir até lá. E também não tinha como mudar o que eu sentia. Era uma coisa estupida, mas era o que eu sentia. E eu tinha que voltar pra escola, e passar por momentos constrangedores, até parar de sentir tudo aquilo.
Esses dias eu tava pensando nessa história e percebi que eu nunca tinha me dado conta de quão bonitinho era essa incapacidade do Fábio Rosemberg de achar que alguém não quereria ficar comigo.

quarta-feira, setembro 12, 2007

sábado, setembro 08, 2007

Hoje eu tive o sonho mais legal do mundo. Eu tava na casa de umas pessoas que eu não conheço muito bem e eu queria tentar puxar assunto, e ai de repente eu falava uma coisa completamente inocente e todo mundo começava a me odiar. (ok, essa ainda não é a parte boa). Me odiar muito e gritar comigo e brigar comigo. Um detalhe interessante era que o sonho se passava meio como um filme, com enquadramentos bizarros, as vezes pessoas apareciam, e elas estavam desde o começo ali, eu só não via elas em determinado enquadramento.

Então eu to saindo da casa quando me dou conta que é um sonho. Ai eu paro e penso, "é um sonho, você pode fazer o que quiser, OQUE EU QUISER? o que você quiser...." percebi que eu podia fazer uma coisa muito errada, podia fazer o que eu quisesse. Mas e se não fosse um sonho? Então eu tinha que testar isso, eu lambi a janela de um carro, e tinha um gosto ruim, mas na minha cabeça para não ser um sonho o gosto teria de ser muito pior. Sendo um sonho eu entrei no carro e comecei a dirigir loucamente, bater em tudo, eu dirigia tão rápido que o carro virou uma lambreta. Era o máximo, eu podia fazer o que eu quisesse. Muito melhor que videogame!

Diaries from my other self

I'm one of the others.

terça-feira, julho 31, 2007

People In the sun

Eu tentei me convencer no começo de Julho que nada me aconteceria de ruim só porque eu tinha visto a imagem do calendário antes da época. Foi sem querer, juro. Mas eu tinha certeza que nada de errado poderia vir dessa imagem, achei que o Hopper tava querendo dar uma de espertinho com esse nome. Afinal quando eu olhei esse quadro eu tinha certeza que ele não falava de pessoas ao sol, ele falava dessa pessoa mais a frente lendo um livro. Era como se esse cara soubesse muito mais que as outras pessoas felizes ao sol, ele era como um herói pra mim. Mas ao longo do mês eu fui me dando conta da infelicidade dele, o que a principio parecia uma caracterização da sabeoria, e depois reparei nessa cor amarelada. E que o sol não deixa de ser importante. E que as pessoas não estão erradas em deitarem ao sol. E que no final todos eles, até o cara com o livro, são pessoas no sol.
E por fim, talvez eu não tivesse me dado conta disso, se eu não tivesse visto ali atras uma outra figura que se diferencia do grupo, repare numa mancha verde atras da mulher loira. É uma pessoa deitadapra frente ou uma roupa? Minha sensação é que é uma pessoa, primeiro porque eu quero que seja e depois porque tem uma sombra que poderia ser dela.

segunda-feira, julho 16, 2007

Hoje eu queria muito roubar uma coisa. Muito mesmo. Dessas coisas que ninguém daria muita falta, mas que mesmo assim seria muito errado roubar. Na verdade errado já era eu cogitar a respeito. De certa forma acho que estou usando o blog na tentativa de ser absolvida.

É que estavamos filmando na casa de uma pessoa que eu não conhecia. Mas estavamos lá, passando por todos os lados, movendo coisas, desmontando a casa e fazendo o filme. Minha função, além de fazer tudo que as pessoas mandavam eu fazer (como embrulhar o relogio, limpar o aquario, puxar o fio, pagar o hotel dos atores...) era bater a claquete. Basicamente eu batia a claquete, e corria pra me esconder agachada em algum canto. E foi assim sentadinha no chão no meio da biblioteca que eu achei um caderninho de folhas coloridas. Era um diario de 2003 de uma menina de 16 anos. E olha só em 2003 eu tinha 16 anos.

E ai que eu fiz a coisa errada, eu li, eu li tudo que dava pra ler nos meus momentos vagos. Eu lia e queria ler mais. Eu queria roubar o diário pra mim, eu queria ter visto ele ontem pra ter levado, xerocado e devolvido.

A dona do diário, era pelo menos aos 16 anos, uma pessoa completamente diferente do que eu era aos 16 anos. Ela fumava maconha quase todo dia, escrevia trechos de MPB pelo caderno, fugia da escola pra sair com os amigos, fazia viagens bacanas, acreditava no poder da lua, participava de manifestações...
Na verdade nada disso tem importancia, pelo menos não no meu fetiche pelo diário. Parecia que tinha sido feito pra alguém ler, porque ele era tão feliz. E ao mesmo tempo tão sincero.

Tinha uma manifestação que ela dizia ter saido gritando com o coro "Fora Pitta, FHC e FMI" em seguida um parenteses que dizia "que chato, eu não sei o que é FMI". Normalmente eu teria pensado bem mal dela, mas era tudo tão sincero. Até quando ela estava triste, ela sabia que estava triste e não tentava racionalizar nada.

Sei lá...
eu sei que eu fiz coisa errada.
mas ainda queria o diário pra mim.

sexta-feira, julho 13, 2007

I got a plate in one table, and sat in the other cause I knew you'd be there. While other couples were trying to sit togheter, you took the place at my right, and your girlfriend the one in my left. And I asked if you two would like me to move. She sayd no in a very polite way, and you, I swear I heard you whispering "If it's how things should be".
Eu passei muitos dos primeiros anos da minha vida gastando todos os meus desejos (aqueles que vêm com velas de aniversário, estrelas cadentes, cílios caídos) pedindo pra voar. Quando eu dexei de acreditar que isso pudesse acontecer eu fiquei arrependida em ter gasto meus desejos assim, porque eu ainda acreditava na competência das velas de aniversário, das estrelas cadentes e de cilios caídos.

Eu acho que eu queria voar especialmente pra poder ganhar no jogo de queimada.O que é um tanto estupido, porque provavelmente as outras crianças nunca deixariam a menina que voa brincar de queimada. Eu também queria poder voar pra pegar as amoras na arvore da escola.

E eu me lembro de um episódio, que parece uma daquelas coisas que os adultos criam sobre as crianças, porque é tão lúdico. Mas juro que aconteceu.
Meus tios queriam pegar aqueles carangueijos (acho que chama pitu, mas posso estar errada) que se pega de noite. E a gente foi pra praia, e ali aonde eles ficavam tinha um laguinho, e o laguinho refletia o céu, e a noite estava muito clara, o céu azulado e cheio de nuvens. Então a gente corria na beira do lago e parecia que estavamos andando em cima das nuvens.

terça-feira, julho 03, 2007

Poesia Oferecida.

Gosto muito de você
e também não gosto

não escrevo mais
lembro daquela que eu chamaria (por algum eufemismo) de bêbada. pede dinheiro para escrever versos com cada uma das letras do nome de quem paga.

jogue
os
raios
gagos
entre minhas pernas.

lembro também daquele que a poesia marcava menos ainda. mas compensou contando a melhor piada.

Não sei contar piadas
sei ter graça com eufemismos
os que me diminuem principalmente
como se eu fosse grande coisa.

Não posso deixar de comprar poesia.
sentada na mesa de bar
algum estranho me pergunta "você gosta de poesia?"

Gosto muito
e também não gosto.

Pago pra ver.

Perco quase sempre.

Mas não posso desistir da poesia.
Nem posso desistir de você.

domingo, julho 01, 2007

Sobre livros de auto-ajuda.

A verdade é que eu acredito na eficácia dos livros de auto-ajuda. Imagino uma pessoa que resolve escrever isso, o que leva ela a crer que tem conhecimento o suficiente parar criar soluções infalíveis e generalistas sobre o comportamento humano? Imagino que essa pessoa tenha acabado de sair de uma experiência de sucesso e acha que ela pode ajudar outros com isso. acontece que a vida da pessoa não acaba depois do livro. E eu só posso acreditar que toda conclusão tirada de um livro de auto-ajuda é especulativa. não se pode ignorar que as pessoas são diferentes e o que deu certo pra um autor, talvez não dê certo pra outra pessoa. vi um livro outro dia chamado "não discuta a relação" fico imaginando o que esse livro quer. Se o seu respectivo bate em você, o que fazer segundo esse livro? Trancar a porta? fazer um curso de defesa pessoal?
Mas voltando, eu tinha dito que acreditava na eficácia deles, o que possivelmente não faz o menor sentido com o que eu disse até agora. Explico, acho que a pessoa que compra um livro de auto-ajuda quer soluções, resolver problemas requer muito mais do que soluções prontas, requer conhecimento pessoal e coisa e tal. Mas a pessoa quer soluções, ela não quer ficar se conhecendo, o que é um saco. Então o livro funciona para aquele momento, a pessoa fica confiante, e as coisas funcionam. E depois os problemas voltam....mas ai você compra um novo livro. Você fica contente, a industria fica contente, a livraria fica contente....

Nesse caso porque eu não compro livros de auto-ajuda? Em primeiro lugar porque eu tenho vergonha na cara (ou seja, se eu fosse uma pessoa um pouco melhor, e não ligasse pro que os outros pensam, eu poderia ler livros de auto-ajuda). Em segundo lugar porque eu penso tudo isso, e nunca levaria um desses livros a sério, por mais que eu tenha preguiça de me conhecer e de saber que nem tudo tem uma solução simples.

Por fim, tudo isso é só uma especulação minha, porque eu nunca li, nem conheço muita gente que leu essas coisas.
mas até que fazer aula de defesa pessoal é uma boa solução.

quinta-feira, junho 07, 2007

se tudo der errado, viro taxista.

sábado, junho 02, 2007

When you believe in things that you don't understand....

Eu gosto muito de calendários. Na verdade eu tenho uma pequena superstição com eles, começa assim: ele deve ser comprado pela capa. É estritamente proibido olhar as imagens de cada mês na contra-capa. O melhor é comprar alguma coisa que eu tenha um mínimo conhecimento, e que não me trará surpresas desagraveis. No ano passado eu comprei um calendários de 2007 do hopper. E modestia parte foi uma escolha genial, os quadros são todos lindos.
ai que entra a superstição, a coisa é só ver a imagem no seu mês, nunca antes. É pra não estragar a surpresa, pra ter um mês inteiro pra olhar o quadro (o que quase nunca dá certo, porque é só eu mudar de página, que eu já crio toda uma fantasia sobre o quadro que permanece o mês todo).
Se eu tivesse um pouco mais de cara de pau, eu confessava pra vocês que eu quase acredito que a imagem dita um pouco como o mês vai ser.

E olha só abril foi um mês bem ruinzinho:

Foi meio isso ai. Você ta indo pra algum lugar e tem que fazer uma parada. E não da pra saber pra onde você esta indo, porque não da pra ver o que tem depois das arvores. Só da pra esperar.

Então imagina a minha alegria em ver essa imagem de maio:
Você pode me dizer o que quiser desse quadro, mas pra mim, o cara ali controla o céu. E parece que ta fazendo um ótimo trabalho, porque o céu ta lindo, né?

Ai junho me chega com isso aqui:


E a única coisa que eu consigo pensar é que ta vindo um puta tempo ruim.
Mas eu não deveria me preocupar, afinal não é como eu achasse que isso tem qualquer influencia no meu mês!

sexta-feira, maio 25, 2007

Sabe, uma hora tem crise em ficar velho. A minha cehgou recentemente, no começo desse ano "puta que pariu, eu vou fazer 20 anos". Eu poderia enumerar milhares de coisas chatas de ficar velho, daquelas que já te assombram a essa idade. Mas resolvi ver o lado positivo da situação e pensar em coisas legais de envelhercer, que alias é puta coisa de velho.

1-Reconhecer músicas. Esses dias eu fui a uma balada e tocou músicas que eu nunca lembraria sozinha (droga isso era pra ser um pró) mas ai eu fiquei pensando o quanto é legal isso, de você ter uma bando de memorias pra ser despertadas.

2-Conseguir dormir em qualquer posição. é...isso aconteceu pra mim. acho que é a fadiga. antes eu não conseguia dormir na aula...

3-Dar conselho para pessoas mais novas. E elas te ouvem, mesmo quando você fala besteira, é lindo.

4-Se indignar com os tempos modernos, aprenda com os franceses, envelhecer com classe é virar ranzinza.

ah....eu não consigo pensar em mais nada.

quarta-feira, maio 23, 2007

feeeeeeeeeeeeesta!




ah ta todo mundo convidado!

quarta-feira, maio 16, 2007

utilização prática do blog

então....eu to pensando em dar uma festa e descobrimos que a funhouse pode ser fechada pra balada de segunda ou domingo, o que vocês acham melhor?

utilização prática do blog

então....eu to pensando em dar uma festa e descobrimos que a funhouse pode ser fechada pra balada de segunda ou domingo, o que vocês acham melhor?

domingo, maio 13, 2007

episódio da vida pós moderna

-Isso é uma tampa de caneta?
-Não, é tampa de pasta de dente!
-Ah sei, que estilo...
-É que eu perdi meu alargador!

quinta-feira, maio 10, 2007

Eu tenho essa convicção bizarra de que aprender a gritar durante a aula de tênis tornou minha vida repentinamente mais fácil.

terça-feira, abril 24, 2007

Plano Alemão obliquo torto.

O predio em que eu faço análise é todo cheio de campanhas ecológicas no condominio. Outro dia tinha um texto no elevador falando dos beneficios de fazer esporte. E como as pessoas deveriam usar a escada no lugar do elevador as vezes. Claro que é pra gastar menos energia e dinheiro do prédio, mas é boa idéia. Uma hora dessas eu começo.
Antes de mim na analise vai um menininho de uns 7 anos. Ele é uma graça. Todo vez ele sai da sessão e grita "MÃE QUERO ÁGUA" e ele é bem insistente na idéia. Então quando a mãe não esta olhando ou quando ele acha que ela não esta olhando ele joga agua na planta.
Eu tenho parado muito pra pasmar ultimamente. Tenho sérios delirios de grandeza é uma tristeza só. eu chego a imaginar detalhes, é completamente frustrante. Começa assim, ah quem sabe se eu mandasse um roteiro pra holywood amanha e ficasse rica? Mas pera, quero fazer parte do filme, mas não quero parar a faculdade. Então todo o final de semana eu posso ir pra LA quem sabe eu poderia levar amigos toda vez que eu fosse. Tipo um par de amigos por vez. Ai eu começo a imaginar como seria o meu café da manha nas viagens. E chega uma hora que eu acho mais comodo ficar num trailler do que num puta hotel, porque eu posso ter minhas coisas lá sempre. O problema é que no hotel eu tinha quadra de tenis pra aliviar a tensão após o trabalho. Tudo bem porque no trailer eu posso deixar minhas coisas. e até fazer meu queijo minas derretido de manha. Alias eu vou levar todo final de semana queijo minas e todo mundo vai adorar. Até uma atriz mirim do filme que vai querer um queijo inteiro só pra ela. e ai eu vou parar de levar. e falar que ela nunca mais vai atuar naquela cidade se ela não parar de chorar pelo queijo. Apesar de muito frustante essas viagens realmente são de grande ajuda na hora de escrever.
E ai eu vejo filmes sendo feitos. Uns são fantasticos. E eu acho que vou morrer de fome. ou que eu não tenho competencia. Mas estou participando de dois filmes. Um deles é uma super oportunidade, ele foi aprovado pelo edital da petrobras e eu posso entrar num cargo importante. Desses que usa megafone sabe? Mas é uma responsabilidade tão grande que eu to morrendo de medo. Eu to quase querendo não ser chamada pra poder ir pro rio.
e eu fui bem mal em duas materias. e eu to me sentindo péssima. eu sei que é idiota. mas tenho sido displicente com a faculdade. e eu não sou uma pessoa displicente. hoje a galera do outro filme veio aqui em casa pra ensaiar a camera. e foi muito bacana. e o filme tem um tipo de plano chamado Alemão Obliquo torto.

segunda-feira, abril 16, 2007

Faz um tempo estavamos a caminho da aula de roteiro, e deve haver alguma regra sobre a inexistencia da sanidade dos professores nessa area, porque corria o boato de que o tal professor nos faria meditar nessa aula. Nisso um amigo meu surta. "Eu não quero meditar! Eu não quero relaxar! Meu stress é MEU! E ninguém pode tira-lo de mim assim!"
Isso que é São Paulo. São Paulo é seu direito de ser stressado e ninguém se meter nisso. Então quando um budista bate num monge, penso que é o único lugar que isso poderia ter acontecido. Afinal o que esse monge esperava? Que essa coisa de ficar relaxando da certo? Se liga filhão, todo mundo sabe que a única coisa que alivia o stress é meter a mão na buzina e brigar com atendentes de telemarketing!

Ps: O professor fez a meditação. Metade da classe dormiu!

sábado, abril 14, 2007

3 listas de 3

I. sobre o que se passa no blog.

1-"menina demoniaca 1" foi a foto escolhida.
2-A Moara me indicou um site que ilustra muito bem o que eu pensava no post sobre casamentos.Tenham medo
3-Quem é andré?

II. Pequenas soluções para meu medo no campo profissional.

1-Mandar o roteiro de um longa metragem dramático para holywood. Ficar podre de rica e sem principios. ganhar o oscar e ter fama para poder escrever e dirigir o que eu quiser.
2-Por alguma casualidade, voltar ao ano 2000 (não sei porque o ano 2000, não tenho muitas lembranças antes disso). Usar todo tempo que eu usava nessa época para saber coisas que eu sei hoje, para aprender coisas que hoje eu gostaria de saber.
3-Desenvolver super poderes.


III. Posts que eu ando enrolando pra fazer:

1-Como eu odeio São Paulo, ou como eu passei a odiar São Paulo.
2-Sobre como eu passei a entender a critica de cinema e como isso fode com suas espectativas.
3-Sobre como eu descobri que as vezes quando você precisa tirar completamente uma pessoa da sua cabeça e não consegue, matá-la literariamente é uma solução fantástica. Mas as vezes não querer esquecer torna o homicidio muito mais complicado.

quarta-feira, abril 11, 2007

Das Cabinet des Dr. Lyjiah

Eu preciso tirar uma foto expressionista para o meu trabalho de história do cinema. Ela deve ser inspirada na escola cinematografica de expressionismo alemão. Uh, não queria ficar falando besteira sobre isso, então resumidamente é o movimento cinematográfico dos anos 20, ainda em branco e preto e mudo, com temas sombrios e fotografia de bastante contraste que reflete o momento entre guerras na Alemanha. Olhem aqui para mais informações e votem na sua foto preferida:


1. Menina diabolica1 2. menino diabolico

3. Prima atras das arvores

4. Dane com flores

5. irmão gargula
6. Vó
7. Vó2

8. Menina diabolica 2

quarta-feira, abril 04, 2007

Então hoje eu estava no carro com meu pai, e pensava na minha tatuagem, aquela que eu não tenho, recentemente tenho pensando em fazê-la no braço, e talvez com cor. Eu já dexei de imaginar a arvore nas costas pra pensar num dente de leão no braço, e ter as duas....
Eis que a gente vê um acidente. Um carro bate numa moto, a moto cai no chão. A principio eu achei que o motoqueiro tinha se machucado, mas ele tava bem. Então a gente volta a andar e meu pai começa a falar "então, mas como eu tava falando" e eu penso "nossa eu não lembro do que ele tava falando! A gente tava conversando? Deixa ele falar mais que quem sabe eu me lembro" e ele prossegue "a fabricação da farinha de trigo e da cocaina" e eu penso "meu deus! será que ele ta zuando da minha cara? será que ele começou isso do nada?" e ele continua falando normalmente. Eu me toco que eu simplesmente não faço idéia do que ele ta falando, quando ele começou a falar ou porque.

segunda-feira, abril 02, 2007

Like a band-aid

Assisti Maria Antonieta de novo. Gostei dessa vez. Pronto falei.

quinta-feira, março 29, 2007

How come everytime you come around my london brigde wanna go down like...

Eu só consigo entender a permanencia da monarquia na Inglaterra, por causa de duas características da população britânica; o senso de humor peculiar e o alto consumo da industria de fofoca. Estava pensando nisso ontem quando li sobre a brasileira que foi apalpada pelo principe Willian na balada. Não me impressiona nada o principe ter feito isso. Nobreza serve pra que? Gerar noticia! Também não me adimira uma brasileira se dispor a aparecer no jornal como objeto. O que eu não consigo entender é como a mina tava na mesma balada que o principe, francamente! E as tradições?

Ps: Cara, sabe quando deve ter sido muito legal ser o principe Willian? QUando saiu o rei leão. Ele devia ser criança na época,e já pensou cantar "E o que eu quero mais é ser rei!" com perspectiva de virar monarca?

domingo, março 25, 2007

Hoje o filho de um amigo dos meus pais veio com a noiva aqui em casa convidar-nos para o casamento deles. Eu não sei por onde começar a dizer como eu me sinto sobre isso. Acho que requer coragem pacas. e eu não estou falando da parte do "viver feliz para sempre", estou falando de planejar uma festa por quase um ano. É um ano inteiro pra você conviver intensamente sobre pressão com a pessoa com quem você irá passar o suposto resto da sua vida. Acho que é meio a prova final, se você conseguir achar um lugar, escolher uma banda, passar por todas as mafias que fazem foto, convite, comida, lembrancinhas e não brigar sobre o papelzinho que embrulhará o bem casado, não tem nem como um adulteriozinho acabar com essa coisa toda.
Eu comecei pensando nessa coisa de visitar todo mundo, sabe? Tem muita gente que você tem que convidar mas que pra falar a verdade você não tem muita vontade de visitar, na festa da até pra dar uma evitadinha. Ai você chega, conta dos preparativos, conta da casa que vocês vão morar, conta como vocês se conheceram, conta daquela situação bizarra que aconteceu na prova de roupas das madrinhas...E você faz isso com os 200 convidados. NÃO É POSSIVEL QUE DUAS PESSOAS QUEIRAM TANTO FICAR JUNTAS.
Então eu pensei num convite que evitasse essa burocracia. Você manda DVD's para todo mundo pelo correio, junto ao convite. No DVD ha um menu interativo onde há filmes da sua futura casa, da pra fazer a lista de presentes visualmente assim "olha só a gente adorou esse sofá, a gente combina com ele não?". Pode ter a história de como vocês se conheceram, quem sabe até um video de simulação. Quem sabe um mapa animado de como chegar no lugar. Se você quiser que a festa seja de arrasar de verdade, você pode colocar as músicas que vão tocar e ensinar coreografias, pra todo mundo chegar preparado.
Ok, acho que eu paro por aqui porque o post já ta desrespeitoso o suficiente.
Pera só mais uma, depois eu paro, outro dia eu tava vendo o stand up comic show do Chris Rock e ele dizia assim: "I don't understand why homophobic people are against gay marriage. Don't they want gay people to be miserable?"

segunda-feira, março 19, 2007

auto diagnóstico.

Eu tenho hipocondria em estagio terminal.

quinta-feira, março 15, 2007

Cadê?

Esse é mais um post enfadonho sobre o set de filmagem. Então eu vou começar pelo fim que não tem nada com isso e você para onde der vontade.

Hoje quando estava saindo da biblioteca eu me deparei com o livro "Where's My space age?" achei que parecia nome de comunidade do orkut. O livro falava sobre a moda futurista lançada com a chegada do homem no espaço e o desaparacimento dessa tendência. Sabe, quando eu entendi do que se tratava, pensei "Onde esta minha era espacial?" não sei quanto a vocês, mas na minha infância foi prometido que meu futuro seria no espaço. Naquela época astronautas viajavam pro espaço, não ficavam cometendo crimes passionais ou pedindo aposentadoria antes da hora. O pior é que eu tinha muito medo de ir pro espaço, muito! Hoje eu sou curiosa. Mas ninguém promete mais essas coisas.

Eu estava na biblioteca porque fui procurar um livro sobre continuidade. Isso porque fui chamada pela terceira vez para fazer isso. Sabe não é de todo mal, mas não é minha alegria de viver. E as pessoas realmente se convencem da necessidade de um continuista, coisa que pra dizer bem a verdade não encontro sempre. Claro que as vezes ele é essencial, mas as vezes não tem objetos para mantes no lugar, ou figurinos para arrumar e eu fico me sentindo uma inútil. Então eu decidi que deveria haver mais do que isso na continuidade. Fui à biblioteca e comecei a procurar, entre os livros de direção, porque continuidade esta na equipe de direção, não havia nenhum capitulo nesses livros dedicado a isso. Tinha um capítulo sobre continuidade de som, mas que não tem nada a ver com o que eu faço. Vou continuar buscando uma razão na minha função. Pior, o diretor dessa vez disse que não queria muita continuidade, nessas horas eu podia dizer "ah...então vocês nem precisam de mim" o que provavelmente é verdade. Mas quem disse que eu não quero ficar vendo tudo acontecer?

Ademais estive pensando sobre as funções de cada equipe e as personalidades que se enquadram. É impressionante, todo filme que eu participei existem traços claros que definem o comportamento de cada uma delas. Eu poderia criar um desses testes de personalidade e dizer no final qual seria sua função no set.
Eis o que eu acho, produção é coisa para mulheres, claro que existem homens que podem fazer muito bem. Mas é que requer uma capacidade de preocupação simultanea em coisas completamente diferentes. Eu não estou falando em fazer mil coisas ao mesmo tempo. O trabalho é se preocupar, gritar, brigar, ter um celular tocando toda hora com um pepino novo pra resolver. E tem a comida e as soluções práticas e resolver brigas e dividas. Ao final do filme o produtor é a pessoa mais stressada e que mais reclama no set.
Outro perfil bem claro é o fotografo, esse papel normalmente é exercido por um homem, mas claro que também pode ser exercido por uma mulher. Certamente a equipe mais sossegada de todas, eles tem muita coisa pra fazer, não requer falar de mais e carregam muita coisa pesada e fragil. Eles provavelmente não vão brigar com ninguém e são muito compreensivos e dispostos.
Da direção de arte eu não sei dizer muita coisa, mas olha estamos falando de decoração, figurino e maquiagem, então a coisa fica entre mocinhas e meninos mocinhas, quase sempre. A equipe de arte é com certeza com quem você pode melhor se divertir nos intervalos, eles te maqueiam, falam mal das roupas alheias, sempre têm assunto...
Pra direção eu não vou definir sexos...apesar de que homens costumam se dar melhor. Requer calma, compreensão, ser decidido, mas não teimoso e ah...talento.

Se eu tivesse coragem traçava o perfil dos atores...
Mas fui procurar minha era espacial.

quarta-feira, março 14, 2007

Jacaré.

Era a segunda vez que alguém me dizia naquela semana que o super homem morava em Nova York, eu não corrigia porque não entendo bosta nenhuma de quadrinhos. Mas achava que não era assim não.

-Você apareceu essa noite vestida de sereia. Tava tocando aquela música que diz " Oh I wanna fall in love with you, with you".

-Que sonho estranho -Ela sorriu como se não soubesse de nada. Eu sabia muito bem que não era um sonho. Ela arquitetou tudo. Depois que a gente encheu a lata, a gente fodeu, eu durmi, ela levantou, botou a música, se vestiu de sereia. Só falta eu achar a roupa e o cd. EU vou enlouquecer antes de achar isso ai, vou sim.
Ela queria me fazer interpretar qualquer merda que eu pudesse sentir por ela. Aposto que olhou em alguns desses livrinhos de significados de sonhos. Típico livro que ela tem, junto com esses de bichinhos, desses livrinhos pega troxa de caixa de livraria. Alias nem sei como pega troxa, já que ela nem deve entrar em livraria. Eu olhei no Google olha, olhei na internet, dizia assim:

sereia- é um sonho muito auspicioso, pois indica noticias felizes, amor correspondido; dificuldades superadas; reconciliação entre casais. Tudo ficará "azul" no plano sentimental.

E ainda dizia que a sorte no jogo do bicho era o Jacaré, olha só, eu devia jogar no jacaré!
Porque merda haveria sereias no meu inconsciente? Obvio que a retardada não pensou nisso. Mas aquela música, a música me lembrava uma exposição no Guggenheim do País Basco. Em uma tela enorme eram projetadas imagens do fundo do mar, e tocava essa música. Entrei nessa sala sozinho. Me senti piégas pacas.

-Eu sei que não foi um sonho, Roberta! Tu acha que eu sou otário?

Ela me olha assustada, exatamente como alguém culpado me olharia. Mas pensando bem eu não sei como alguém inocente o faria. Sei que eu já tinha pensando nisso. Depois de perder a Angela, eu arquitetava como iria invadir a casa dela no meio da noite, iria toca-la sem ela acordar direito, até ela gostar. Fugiria, teria até um álibi dizendo que estava em outra cidade durante o ocorrido. E acho que contei isso pra Roberta, ela não me ouve bem, mas eu contei. E ontem, quando eu disse que não queria mais nada com ela, ela me olhou com cara de quem faria qualquer coisa.

-Anda fala, onde ta a porra da fantasia?

-Ai Sergio, que ressaca!

No sonho eu vestia as mesmas roupas que estava vestindo, os lençois eram os mesmos, ela estava exatamente como na noite anterior, nua, mas com uma calda verde, de pano e lantejoulas. Eu mandei ela ir embora porque não tinha por onde. Uma relação não pode se basear só nisso, nós estavamos juntos a duas semanas, duas ótimas semanas, mas tinha limite. Eu pensava em como seria conhecer seus amigos, eles me chamariam de viado. Os meus ririam a noite inteira de sua ignorancia. Não havia nada de mal em não saber onde vivia o Super Homem. Quem mais tinha me dito aquilo?

-Você ta lendo o jornal? Me passa a sessão esportiva?

-Você sabe como vejo o resultado do jogo do bicho?

-Deu pra jogar agora é? Acho que deu coelho.

Porque estou me importando com isso? Acho que foi alguém na tv que disse. O que ela esta fazendo aqui? EU mandei ela ir embora ontem.

-Você não tem casa não?

-Ai, que grosso! Ontem a noite você disse um bando de coisa linda.

Taí, ela podia estar me enganando de novo. Eu sempre esqueço as coisas que falo bêbado, podia ter dito, podia não ter dito, mas seria uma puta cagada. Essa mulher deve ser capaz de qualquer coisa. E de repente há uma curiosidade mórbida pra saber até onde ela vai. É só isso.

domingo, março 11, 2007

"Masp desiste de construir torre na Paulista"

Eu sei exatamente como ele se sente.

quarta-feira, março 07, 2007

"A taça de champanhe, segunto a mitologia grega, foi o pirmeiro copo. Os deuses procuravam o mais belo recipiente para beber o seu néctar-o vinho-e escolheram Helena de Tróia, considerada a mais bela mulher da época, para que em seus seios fosse modelado esse recipiente. Essa lenda foi revivida no final do século XVIII por Maria Antonieta, esposa de Luís XVI, que mandou confeccionar taças de porcelana, usando seus seios como moldes, fazendo assim voltar a moda de se tomar vinhos em taças mais sensuais."

Eu só digo uma coisa; Sofia Copolla, baby, tem que ter muito talento pra transformar essa personagem em puro tédio. Parabéns!

domingo, março 04, 2007

Adoro observar (odeio a palavra observar, acho pretensiosa) pessoas esperando outras pessoas. Principalmente quando acho que há algum envolvimento romântico. Elas não sabem bem o que fazer, pra onde olhar, por onde esperar... E tem a insegurança de estar mal arrumado ou de parecer idiota. Acho que parecer idiota é a pior parte, então a pessoa tenta parecer séria sobre qualquer coisa que ela esteja fazendo, colocar a mão no bolso, bater o pé em algum ritmo, mexer no celular... Melhor é quando elas estão lendo alguma coisa, porque normalmente elas leem sem conseguir se concentrar, só pra fingir que estão fazendo alguma coisa, o que obviamente não dá certo, porque fica bem claro também que a leitura esta sendo interrompida constatemente para olhar se o outro chega.
Claro que existem pessoas que não esperam outras de forma tão insegura, mas não estou interessada nelas.
QUando eu espero as pessoas, ou sou esperada por elas, sempre me pergunto quanto você deve olhar pra ela até realmente se encontrarem. Assim, você esta esperando alguém, e essa pessoa chega, ela esta a uns 200 metros de distancia, o que significa que em uns 30 segs ela vai estar a uma distancia conversavel de você. O que fazer? Você fica esses 30segundos olhando pra ela com uma cara de "nossa como estou feliz em te ver", você olha pra baixo e espera ela chegar ou você olha pra ela com cara de "ok, tome seu tempo, chegue até aqui". Não me sinto muito feliz com nenhuma das alternativas, quando não tenho muita intimidade com a pessoa.
Estive pensando nesse medo de parecer idiota, eu tenho constantemente, o pior é que a maneira mais fácil de perceber isso, é a pessoa tentando disfarçar esse medo, p que é sempre mais idiota. E isso não se aplica só a esperar outras pessoas, mas quando você naõ tem nada pra fazer em público. Conclui que o melhor a fazer é tentar parecer idiota. Sim, se concentre em parecer idiota, e isso é tçao inesperado que acaba sendo dificil, funciona.

isso faz sentido?

quarta-feira, fevereiro 14, 2007

Desculpa Fátima

Essa noite eu sonhei que depois de sair com uma turma, algumas amigas se reuniam aqui em casa. Era noite, em determinado momento uma de nós olhou pela janela e disse "meu deus, olha esse céu!" . E era um absurdo, era um céu completamente estrelado em São Paulo, daqueles que dá até pra ver a via lactea. Como se não fosse o suficiente, avistamos planetas, mas não estamos falando daqueles pontinhos mais fortes que alguém jura que é vênus; dava pra ver globos coloridos rodando no céu. Até que eu vi pendurado em um dos planetas um recado meio amassado escrito "Desculpa Fátima" e eu percebi que aquele céu não era de verdade era obra de alguém. Nesse momento entra pela janela, como se fosse natural, o autor daquela situação, um cara que na hora eu não percebi ser meu professor de Análise da Imagem. Ele tinha feito aquele céu porque queria pedir desculpas à Fátima, assim dizia no papelzinho que ele distribuia e que estava pendurado em alguns dos astros. Ele queria pedir desculpas a ela e a todas as outras mulheres com quem ele pudesse se relacionar. E eu achei aquilo de baixissimo nível, na minha cabeça ele obviamente traiu a fátima, e ela não ia voltar pra ela, o que eu acho mesmo é que ele estava investindo em todas as outras mulheres. E filho da puta, com a pretensão de que ele tivesse que pedir desculpas a todas elas. Como se todas elas pudessem se importar com ele.
Mas hoje eu contei esse sonho pra algumas amigas, e toda vez que eu chegava no "Desculpa Fátima!" elas davam um suspiro de "ohhhhhhhhh ti meigo!" e ai eu me senti meio amarga. Afinal o cara fez um céu!

segunda-feira, fevereiro 12, 2007

Vira e mexe bate aquela vontade de ser vampiro. Outro dia estava pensando nisso enquanto fazia papiê mache (não faço idéia de como se escreve isso) é artesanato com sucata, papel molhado e cola. Gosto de guardar sucatas certas pra algumas coisas, faz toda diferença. Mas se eu fosse uma vampira, nunca teria sucata, e nesse caso seria legal matar pessoas que tivessem sucatas interessantes. O que eu achei um pensamento bastante sutil, mas muito abstrato para um roteiro ou um conto. E é nessas horas que eu adoro ter um blog.

Ademais,
é possivel que num futuro próximo eu ajude em um filme de vampiros.
eu sei de músicas com vampiros, mas eu adoro ter um blog.

domingo, fevereiro 04, 2007

Não lembro de nenhuma música que fala de sorvete.

Faz pouco tempo, conversando com alguns amigos eu me lembrei da brincadeira do sorvete, um hit das festinhas infantis de colégios construtivistas. Eu fiquei emocionada, foi como se eu tivesse despertado a melhor lembrança. Isso porque quando eu era criança minha imaginação não alcançava nada comestível mais interessante que sorvete. E não estamos falando de super sabores facinantes com pedacinhos crocantes, estamos falando de sorvete de creme de litro, sem graça, sem calda, derretendo.
E as festinhas... convenhamos que festinhas de criança, quando éramos crianças eram o máximo. Não sei como elas são hoje em dia. Sei que naquela época a gente ia pra festas, não precisava falar com ninguém, não tinha que interagir, fazer social ou qualquer coisa assim, porque eu me divertia sozinha fácil numa piscina de bolinha. Era diversão garantida, tirando a presença daquele eventual palhaço assustador. Você chegava, dava o presente pro aniversariante, com sorte o deixava na porta. Mas voltando à brincadeira do sorvete. Ela era normalmente a ultima brincadeira. Todo mundo fazia uma roda, ganhava uma colher e se juntava em grupos de três. Então o organizador da parada abria um pote de sorvete, e sempre fazia aquela piada infame "hummmmmmm esse sorvete não ta bom, acho que não vai dar pra brincar." que na época não era infame, era assustadora mesmo! E tinha também um dado gigante, o aniversariante escolhia um número, e cada trio tinha direito de jogar o dado na sua vez, se saísse o número escolhido eles poderiam atacar o sorvete DIRETO do pote até outro trio tirar o número de novo.
Recapitulando, espero que você possa vizualizar exatamente a situação, estamos falando de crianças doidas por sorvete, torcendo por sorvete, comendo sorvete derretendo, sorvete babado, sorvete direto do pote, sorvete caindo no vestidinho que sua avó fez. A melhor cena era quando alguém tirava o número, e você estava com o pote, logo ele seria tirado de você, então você pegava a maior colherada possível, você colocava todo sorvete que pudesse caber numa colher, tinha tanto sorvete na colher que você nem sabia por onde começar a comer.
E ai eu penso que isso não tem volta. Porque ninguém esta disposto a se sujar assim numa festa, teria gente de regime, teria gente que não quereria brincar, teria gente vomitando no banheiro, se pah alguém teria roubado o sorvete durante a festa pra misturar com conhaque. E convenhamos, sorvete nem é mais tão bom assim.

quinta-feira, fevereiro 01, 2007

Eu sou uma dessas pessoas que não sabe usar a internet. Dessas que nunca acham sites mágicos por conta própria. Bom, recentemente eu descobri esse aqui http://songmeanings.net . Consiste num site de letras de música onde as pessoas discutem o significado delas. Provavelmente muitos de vocês não vão achar nada de mais. Mas eu já tive muitas epifanias ali com muito pouco tempo de freqüência. Isso porque entre um ou outro comentário babaca do gênero “nossa essa é a melhor música de todos os tempos” existem na minha opinião três grupos de comentários que valem o site: as justificativas fundamentadas que explica a música por algum fato confirmado, seja por entrevistas com a banda ou coisa assim, as teorias bizarras e conspiratórias que olham pra música de um jeito absurdo e aquelas que chegam pra aloprar.

Bom do primeiro tipo tinha essa música do Lemonheads If I could talk i'd tell you, aparentemente Evan Dando, estava dando (uh uh pego?) uma entrevista e de tão chapado ele não conseguia falar, mas se ele pudesse falar....ele dizia. Sim sim magia pura! Mesmo assim a música é fantástica, e não faz muito sentido. Também nessa categoria Piazza New York Catcher do belle and sebastian, que é uma graça mas nunca fez sentido, apareceu um carinha falando que havia um jogador em NY que foi acusado de ser gay e tudo agora faz sentido.

Depois em teorias bizarras, da pra citar Mrs. Robbinson, olha, pra falar bem a verdade eu vi o filme, eu ouvi a música, mas nada faz tanto sentido quanto a teoria de um garoto lá. A Mrs. Robbinson estava sendo internada num manicômio, ó só:

"We'd like to know a little bit about you for our files
we'd like to help you to learn to help yourself
Look around you all you see are sympathetic eyes
Stroll around the grounds untill you feel at home"

E por fim, têm os que pegam pra capar. Em Some Girls are Bigger than others,do Smiths, musica que basicamente consiste na frase do título, apareceu um cara dizendo que a música fala basicamente de peitos,afinal algumas mulheres os tem maiores que as outras. É né..... Depois na mesma categoria Beaultifull do belle and Sebastian também, uma das músicas mais tristes da banda que diz “the doctor told that she’d go blind if she wasn’t carefull” aparece um cara dizendo que é sobre masturbação, afinal diz ele era de comum senso em determinada época que quem se masturbasse demais ficaria cego.


Ps: Ninguém quer saber mais de super heroi...to emona! Mas ainda falta Fê, Rafael, Luigi e Manganes, mais alguém?

terça-feira, janeiro 30, 2007

Another one bites the dust

Em 2006 Dusty conquistou o público hype dos quadrinhos. Protagonista, ainda que vilã, ela tem o poder de teletransporte, passou o ano escapando de cofres de banco e quartos de hotel. Deixou pânico e corações partidos pela França, Turquia, Marrocos, Brasil e Portugal. Seu passado continua obscuro, mas nas ultimas edições foi revelado sua fraqueza com cobre, motivo de sua cicatriz na coxa, essa que é marca registrada da personagem e que funciona como sensor de perigo. Este ano a vilã continua sem destino muito certo, mas é provável que nas próximas edições ela passe pela Espanha e Inglaterra.

Foto original, Julia:


domingo, janeiro 21, 2007

Le garçon caféine

Ele era apenas um garoto normal tentando obter o café perfeito numa manhã sonolenta, quando foi atingido por ondas radioativas e se tornou o GAROTO CAFEINA! Desde então ele pode causar insônia, ulcera gástrica e tremedeiras absurdas, em todos aqueles que ousam intervir no seu caminho. Seu sucesso foi absurdo na França, e por isso muitas de suas aventuras se passaram em Paris. Recentemente a rede de cafeterias Starbucks se interessou em patrocinar um filme do heroi, mas os criadores se recusaram a mudar a cor do uniforme para verde, cor do logo da rede.

Foto original, Alexandre ferrer, que fez aniversário recentemente e que devia ter recebido seu desenho nesse dia especial....

ps: não esqueci dos outros desenhos, mas eles andam meio complicadinhos de fazer. Então o blog volta a programação normal, e no decorrer do ano eu vou postando, pode ser?